16/03/2020

Não, não tenho perdão!



Eu gostava de ter perdão mas não tenho. 
Desapareci, qual D. Sebastião pelo meio do nevoeiro. Sabem aquelas fases confusas da vida que não sabemos bem por onde vamos, como, com quem? Esse nevoeiro era a minha vida. Talvez ainda seja, talvez seja uma constante na vida de cada um de nós.
Desapareci e DEVIA ter dado uma justificação.
E a vida "rolou", seguiu o seu rumo natural, deu cambalhotas, tropeçou, levantou-se novamente, mas sinceramente, pouco, muito pouco mudou.
"Ah e tal, estás de quarentena e agora é que te lembras de vir aqui"
É verdade, no meio de uma vida agitada, sem tempo para pensar, no meio de um emprego de quase doze horas diárias, é difícil pensar noutra coisa que não seja uma bela almofada por perto.
Mas cá estou eu a "usufruir" deste descanso forçado e que começa a ser longo demais.
Caramba, e há tanto para contar.
Há dias fui espreitar, espreitar a vida de alguns e algumas de vocês que estiveram sempre desse lado, e a vida mudou mesmo tanto. Sorri com o avanço fantástico e imparável que a vida de muitos de vocês levou. É o dito "ciclo da vida", mas que seria de nós sem ele?
Do fundo do coração espero ter-vos aí, espero poder partilhar com todos e todas a bola de novidades que me trouxeram estes anos. 
Dona Maggy Sebastiana voltou, e não vai haver nevoeiro que a leve de novo.

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